A XXI Bienal Internacional de Arte de Cerveira está de regresso e volta a marcar o calendário nacional de eventos de 1 de agosto a 31 dezembro de 2020, sob o tema “Diversidade-Investigação. O Complexo Espaço da Comunicação pela Arte”. No total serão apresentadas mais de 350 obras de cerca de 370 artistas de 38 países que poderá conhecer, gratuitamente, ao vivo ou sem sair de casa.
Mantendo-se estruturado segundo o modelo que o carateriza longo de um percurso iniciado em 1978, com algumas adaptações à nova realidade, o evento integra: exposição do concurso internacional e artistas convidados, 11 projetos curatoriais, intervenções artísticas, conferências, conversas, visitas guiadas… e muito mais! O seu compromisso? Apresentar ao público as mais recentes realizações artísticas e tendências estéticas.
Neste âmbito, e reforçando a internacionalização do evento, a Fundação Bienal de Arte de Cerveira vai apresentar um formato duplo incluindo, pela primeira vez, uma edição digital, que permitirá ao público a visita virtual à bienal de arte mais antiga do país e da Península Ibérica a partir de qualquer parte do mundo. A transmissão da programação complementar nas redes sociais será outra das apostas, por forma a possibilitar a participação e o envolvimento dos visitantes. Entrevistas em ateliers, intervenções artísticas e visitas guiadas são alguns dos conteúdos que estarão disponíveis gratuitamente.
“Esta XXI edição tem intrínseco o desafio de se sobrepor às restrições provocadas pelo novo coronavírus e, se a vertente presencial não puder vingar, colocaremos a Bienal a percorrer o mundo através de uma plataforma digital, permitindo visitas virtuais, contacto com artistas, críticos e curadores, envolvendo os públicos e os seus olhares atentos”, afirma o presidente da Fundação Bienal de Arte de Cerveira, Fernando Nogueira.
Característico da Bienal Internacional de Arte de Cerveira, o concurso internacional contou, nesta edição, com a inscrição 740 obras, de 451 artistas oriundos de 40 países. Serão apresentados 92 trabalhos de 80 artistas e atribuídos Prémios Aquisição no valor de 20 mil euros.
A singularidade estética do evento reside também na diversidade de narrativas e interpretações, apresentadas em diferentes contextos. Para além da integração de trabalhos no espaço público da ‘Vila das Artes’, e contribuindo para a descentralização cultural, o evento volta a expandir-se pelo Norte de Portugal, com exposições em: Alfândega da Fé (Casa da Cultura Mestre José Rodrigues), Viana do Castelo (Galeria Noroeste – Fundação Caixa Agrícola do Noroeste), Vila Praia de Âncora (Centro Cultural de Vila Praia de Âncora) e Monção (Galeria de Arte do Cine Teatro João Verde).
Nas palavras do diretor artístico do evento, Cabral Pinto, “foi este o desafio feito aos artistas, num dos tempos mais difíceis da nossa existência coletiva, que irá permitir pela sua multiplicidade de propostas, proporcionar uma reflexão sobre a nossa cultura para uma melhor qualidade de vida pelo ‘conhecimento’, com os olhos postos num futuro cada vez mais tecnológico”.
De referir que, nas últimas décadas, a Bienal Internacional de Arte de Cerveira tem-se afirmado como um dos acontecimentos mais marcantes das artes plásticas no nosso país, sendo um evento de referência para a cultura artística nacional e internacional.