A Fundação Bienal de Arte de Cerveira (FBAC) vai apresentar em Lisboa obras da Coleção do Museu Bienal de Cerveira e o resultado de uma residência artística de Francisco Vidal em Vila Nova de Cerveira. A inauguração irá decorrer no dia 15 de dezembro (sexta-feira), pelas 18h30, na Galeria Pintor Fernando de Azevedo, da Sociedade Nacional de Belas Artes.
“A Coleção em circulação” é o mote da presente exposição que pretende dar continuidade à estratégia e compromisso da FBAC de divulgação das suas obras e dos seus artistas. Na Sociedade Nacional de Belas Artes serão, assim, apresentadas as itinerâncias de dois projetos distintos que integraram a programação de 2023 do Museu Bienal de Cerveira: uma seleção de obras que propõe uma leitura cruzada entre os meios analógicos de Francisco Vidal, com recurso à pintura, ao desenho e à produção de pasta de papel, evidenciando também a qualidade das obras de videoarte que a crítica reconhece à coleção da FBAC.
A itinerância da exposição “Espectro” do curador brasileiro Raphael Fonseca irá apresentar uma seleção de três obras dos artistas portugueses Alexandre Delmar, Elen Braga e Silvestre Pestana, que têm como denominador comum a luz. A adaptação da exposição original foi feita pela Fundação Bienal de Arte de Cerveira. Nas palavras do curador: “A seleção de vídeos desta exposição traz obras de diferentes momentos da Bienal de Cerveira e sugere alguns campos semânticos. Esta oportunidade parece ímpar para se mostrar ao público como artistas visuais podem se relacionar com as infinitas possibilidades de se construir um trabalho artístico por meio da sequência de imagens e sons”.
Por sua vez, Francisco Vidal, artista português com descendência angolana e cabo-verdiana, que recentemente integrou a coleção da FBAC, apresentará a instalação “Escola utópica poema livre, 2023”, resultado de uma residência artística realizada em Vila Nova de Cerveira, no âmbito do projeto “Livre trânsito_ciclo permanente de residências e intervenções artísticas”. A iniciativa resulta do trabalho que o artista tem vindo a desenvolver em parceria com diferentes comunidades e contextos de residência artística, onde se incluem passagens por Timor, Angola, Paris (França) e Portugal (Vila Nova de Cerveira). “Escola Utópica” sintetiza a visão pedagógica da FBAC, com iniciativas direcionadas a todos os públicos e que pretendem transformar e mobilizar competência e consciência através das práticas artísticas e do contacto com os artistas.
“Não esquecendo que recebemos o prémio “Melhor Museu de 2019” pela APOM – Associação Portuguesa de Museologia e que integramos, desde 2022, a Rede Portuguesa de Arte Contemporânea (RPAC), esta exposição vem reforçar o desígnio e o compromisso de valorização, dinamização e divulgação de uma importante coleção que queremos «devolver» aos nossos públicos”, explica o Presidente da FBAC, Rui Teixeira.
Constituída atualmente por cerca de 800 obras provenientes de prémios atribuídos no âmbito das edições da Bienal Internacional de Arte de Cerveira e de doações, a Coleção da FBAC é representativa de artistas portugueses e estrangeiros das últimas quatro décadas.
De referir que a iniciativa é promovida no âmbito da candidatura “És Livre? Novos olhares sobre coleções e criações para pensar a Arte e a Liberdade” (2023 – 2026 – Apoio Sustentado – Artes Visuais Criação e Programação), que conta com o apoio da República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes. A FBAC integra a Rede Portuguesa de Arte Contemporânea.
Sociedade Nacional de Belas Artes, Galeria Pintor Fernando de Azevedo
Rua Barata Salgueiro, nº36, 1250-044 Lisboa, Portugal
Horário das exposições: dias úteis das 12h00 – 19h00 e sábados das 14h00 – 19h00